A empresa Tools for Humanity, fundada por Sam Altman (co-fundador da OpenAI), está coletando imagens de íris de brasileiros em São Paulo em troca de um token digital, gerando controvérsia ética e legal. O objetivo é criar um banco de dados global de identidades verificadas, permitindo aos usuários prova de sua identidade online.
A iniciativa já enfrenta investigações no Brasil e foi suspensa em outros países devido a preocupações com privacidade. O sistema utiliza a blockchain Ethereum para garantir a propriedade dos dados biométricos pelos usuários.
De acordo com Nathan Paschoalini, pesquisador da área de governança e regulação da Data Privacy Brasil, até o momento, mais de um milhão de pessoas já baixou o aplicativo e mais de 400 mil pessoas no Brasil já fizeram o que se chama de “verificação da humanidade”. O motoboy Bruno Barbosa Souza, 25, relatou após ter a íris mapeada: “Foi um colega meu que indicou. Me disse que eles davam dinheiro, em torno de R$ 400 para ler a retina do olho, alguma coisa assim. Não sei para o que eles estão fazendo isso”, disse.
Aos usuários que verificam sua humanidade são pagos 20 Worldcoins 48 horas após o momento do escaneamento, e as outras 28 divididas pelos próximos 12 meses após o escaneamento. Ao todo são 48 tokens.
A cotação atual unitária deste token pode ser conferida no site https://coinmarketcap.com/currencies/worldcoin-org/
Apesar das polêmicas, alguns indivíduos veem a iniciativa como uma forma de controlar seus próprios dados biométricos.
No vídeo acima, Rodrigo Tozzi, o gerente de operações no Brasil dá maiores informações.