A edição de agosto/2017 do Journal of Clinical Investigation publicou estudo do laboratório de Koronyo-Hamaoui sobre diagnóstico precoce de Alzheimer através do exame da retina.
Mais de 5 milhões de americanos têm Doença de Alzheimer (AD) de acordo com a Associação de Alzheimer, e esse número deverá triplicar até 2050.
Durante décadas, a única maneira de diagnosticar oficialmente AD foi pesquisando e analisando o cérebro dos pacientes após a morte. Nos últimos anos, os médicos tem se utilizado de tomografias de emissão de positron em cérebros de pessoas vivas para obter evidências da doença, mas a tecnologia é dispendiosa e invasiva, exigindo que o paciente seja submetido a injeções com rastreadores radioativos.
Em um esforço para encontrar uma técnica diagnóstica mais econômica e menos invasiva, a equipe de pesquisa do Cedars-Sinai de Los Angeles colaborou com pesquisadores da NeuroVision Imaging, da agência australiana Commonwealth Scientific and Industrial Researsch Organization, da Universidade do Sul da California e UCLA. Esse estudo conjunto tinha também como objetivo, descobrir uma forma de fazer com que essa abordagem fosse possível através de olhos de humanos vivos, possibilitando assim, detectar a doença em estágios mais precoces.
Os resultados publicados são baseados em um ensaio clínico realizado em 16 pacientes com AD que tomaram uma solução que incluiu a curcumina, um pigmento natural que faz parte de um componente ativo do açafrão-da-India, e que tem alta afinidade pela proteína beta-amilóide. A curcumina faz com que a placa de amilóide na retina fique fluorescente ao exame e seja detectada pela varredura. Os pacientes foram então comparados a um grupo de indivíduos mais jovens, cognitivamente normais. As imagens não invasivas de depósitos de amilóide da retina em pacientes com AD mostraram ser uma promissora ferramenta de diagnóstico precoce e definitivo da AD, permitindo aplicação de terapias modificadoras da doença antes de uma neurodegeneração substantiva.