Aconteceu no último domingo, dia 04 de março, na cidade de São Paulo, a Prova Nacional de Oftalmologia 2018 que confere aos aprovados o Título de Especialista em Oftalmologia, concedido pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia – CBO e pela Associação Médica Brasileira – AMB. Segundo Fátima Lutfi, assessora da Comissão de Ensino do CBO, informou ao Eye Channel, “foram 787 inscritos para realizar a Prova Nacional de Oftalmologia 2018, e tudo transcorreu na mais perfeita ordem.” Este número de inscritos configurou um recorde na história do exame.
Nesta fase, os inscritos realizaram pela manhã a Prova Teórica I (Bases), composta por 50 questões de múltipla escolha sobre ciências básicas em Oftalmologia, e a Prova Teórico-Prática, também com 50 questões de múltipla escolha, que deveriam ser respondidas a partir da análise de imagens. Já no período da tarde, os candidatos fizeram prova Teórica II (Clínica/Cirúrgica), composta por 125 questões de múltipla escolha .
O Eye Channel conversou com vários residentes de todo Brasil que prestaram a prova neste domingo. De um modo geral todos aprovaram a organização das provas, mas acharam o nível das questões difícil, superior ao dos anos anteriores. Segundo alguns, a prova teve poucas questões fáceis, algumas moderadas, outras difíceis e várias com nível alto de dificuldade, que nunca havia sido cobrado em provas anteriores.
“No decorrer do meu estudo fiz diversas provas dos últimos anos, e realmente achei que esse ano o nível da prova foi um pouco mais elevado” comentou Bruno Barros de Salvador.
“A prova prática foi a mais difícil na minha opinião e me deixou na dúvida em várias questões” contou Lucas Costa de Goiânia. “Eu acreditava que a prova do CBO, no geral, seria mais fácil, e que apenas o fato de fazer uma residência bem feita, seria suficiente para a aprovação, mas percebi que o candidato que não se prepara especificamente para a prova tem grande chance de não passar”, completou Lucas.
“Considerei uma prova difícil, o que deve baixar a média de aprovação geral desse ano, acredito eu”, salientou Marcela Leite de Salvador.
Segundo residentes de São Paulo, o grande número de questões de refração e óptica com alta complexidade de raciocínio e muitos cálculos, fizeram com que a prova de refração estivesse mais difícil que os outros anos. Também consideraram que as questões deste ano, de um modo geral, foram baseadas no livro da academia americana e não apenas na coleção de livros do CBO.
Outro ponto destacado por vários residentes também foi o desgaste ao longo de um dia inteiro de provas. “Um ponto que acho importante melhorar para os próximos anos é em relação as cadeiras onde fizemos as provas. As cadeiras eram muito pequenas, o que gerava muito desconforto, não permitindo uma ergonomia adequada para quem realiza a prova”, sugeriu Bruno Barros.
Não houve relato de intercorrências ou contratempos durante a aplicação das provas. “Achei a organização da prova muito boa. Foi bem feita, o tempo foi suficiente para realização das questões”, elogiou Lucas.
A última etapa do exame será a Prova Prática, que consistirá no exame de pacientes, e na discussão e orientação terapêutica perante a Banca Examinadora designada pelo CBO. Os alunos de curso de especialização credenciado pelo CBO serão informados sobre o dia, local e o horário da Prova Prática pelo coordenador do curso. Os demais candidatos serão informados no período de 05 a 20 de abril de 2018, através de correspondência que será encaminhada para o endereço constante no cadastro do CBO.
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