A Resolução 227/2018 aprovada pelo Conselho Federal de Medicina, que trata da permissão de médicos na realização de consultas online, deve ser publicada dentro de alguns dias no Diário Oficial da União. Desde 2002, o Brasil já tinha uma resolução sobre telemedicina, mas um novo conjunto de regras foi desenvolvido para esclarecer como isso irá funcionar na prática.

As regras do atendimento permitirão o diagnóstico a distância, exames, telediagnóstico para que profissionais possam pedir a opinião para colegas sobre determinados casos, e também a teletriagem, quando um médico avalia o paciente e determina qual o tipo de atendimento que ele deve receber.

Aldemir Soares, relator da resolução no Conselho Federal de Medicina, disse em entrevista ao jornal Estadão que: “as consultas a distância podem ser úteis para levar assistência nas cidades que não conseguem atrair profissionais.” O relator também disse que no país há cerca de 40 centros habilitados para auxiliar nas cirurgias online, e esse tipo de procedimento em que um médico opera, por meio de um robô, um paciente que pode estar a muitos quilômetros de distância. O procedimento somente deverá ser feito em locais com infraestrutura adequada, e além do cirurgião remoto, é preciso estar presente, junto do paciente, um cirurgião da mesma especialidade.

O assunto divide opiniões entre a classe médica, pacientes e investidores da saúde no Brasil.