• Uso de ranibizumabe em casos de recém-nascidos com retinopatia de prematuridade (ROP) mostrou-se mais eficaz que o tratamento padrão para a doença hoje1
  • No Brasil, há até 1,5 mil novos casos de cegueira anualmente em crianças com retinopatia de prematuridade2
  • Biológico tem segurança aprovada no Brasil para outras indicações3

O estudo clínico RAINBOW elaborado pela Novartis verificou que o uso do medicamento biológico ranibizumabe no tratamento de recém-nascidos com retinopatia de prematuridade (ROP) pode ser uma alternativa ao tratamento a LASER realizado hoje como padrão1. A pesquisa mostrou que 80% dos recém-nascidos que fizeram tratamento com ranibizumabe alcançaram sucesso, enquanto com o procedimento a LASER a taxa de sucesso ficou em 66%1.

Além da maior eficácia, o uso do medicamento não danifica o tecido ocular, diferente do LASER que pode levar a complicações como alto grau de miopia4-6. O ranibizumabe age na redução do fator de crescimento do endotélio vascular (VEGF), que está associado à retinopatia de prematuridade. Essa doença está ligada ao crescimento desproporcional de vasos sanguíneos da retina por causa dos altos níveis de VEGF6. Sem tratamento, a ROP pode levar à cegueira e ao descolamento da retina4,6.

A estimativa é que haja até 45 mil novos casos por ano de ROP no mundo7. Segundo o National Eye Institute (NEI), essa doença oftalmológica é uma das principais causas de perda visual na infância8 e no Brasil causa até 1,5 mil novos casos de cegueira por ano2. Quanto mais novo e menor o peso do recém-nascido, abaixo de 1.250 gramas, maior a chance de a doença surgir8.

“A possibilidade de tratar uma doença com um medicamento, evitando um procedimento a LASER, oferece um melhor recurso para a preservação visual da criança”, destaca Liane Touma Falci, diretora médica de Oftalmologia da Novartis. “Além de oferecer mais chances de cura, o uso do medicamento biológico evita que estruturas do olho sejam prejudicadas desnecessariamente, resultando em melhor qualidade de vida para estas crianças e familiares”.

O medicamento tem segurança comprovada para outras indicações3 no Brasil e ainda está em fase de aprovação de agências de saúde internacionais para o uso em tratamento de retinopatia de prematuridade.

Referências

1.     Clinicaltrials.gov. (2018). RAINBOW Study: RAnibizumab Compared With Laser Therapy for the Treatment of INfants BOrn Prematurely With Retinopathy of Prematurity – Study Results – ClinicalTrials.gov. [online] Available at: https://clinicaltrials.gov/ct2/show/results/NCT02375971 [Accessed 30 Aug. 2018].

2.     PEBMED. Retinopatia da Prematuridade – O Novo Desafio da Neonatologia. Disponível em: https://pebmed.com.br/retinopatia-da-prematuridade-o-novo-desafio-da-neonatologia. Acesso em: 10 de outubro de 2018.

3.     Bula Lucentis. Disponível em: https://portal.novartis.com.br/UPLOAD/ImgConteudos/1511.pdf. Acesso em: 10 de outubro de 2018.

4.     Nei.nih.gov. (2018). Facts About Retinopathy of Prematurity (ROP) | National Eye Institute. [online] Available at: https://nei.nih.gov/health/rop/rop [Accessed 30 Aug. 2018].

5.     Medicines.org.uk. (2018). Lucentis 10 mg/ml solution for injection – Summary of Product Characteristics (SmPC) – (eMC). [online] Available at: https://www.medicines.org.uk/emc/product/307/smpc [Accessed 30 Aug. 2018].

6.     Keshet, E. (2003). Preventing pathological regression of blood vessels. Journal of Clinical Investigation, 112(1), pp.27-29.

7.     Blencowe, H., Lawn, J., Vazquez, T., Fielder, A. and Gilbert, C. (2013). Preterm-associated visual impairment and estimates of retinopathy of prematurity at regional and global levels for 2010. Nature, 74(s1), pp.35-49.3

  1. National Eye Institute. Facts About Retinopathy of Prematurity (ROP). Disponível em: https://nei.nih.gov/health/rop/rop Acesso em: 10 de outubro de 2018.